05 setembro 2009

OFICNA 11: GRUPO A

OBJETIVO DA OFICINA:

-Dar continuidade ao trabalho com gêneros textuais e com o estudo da argumentação;

-Retomar a produção textual, tratando das fases de planejamento, escrita, revisão e edição.

ATIVIDADES DO DIA:

-FILME: VIDA MARIA E COMENTÁRIO;

-ESTUDO DAS UNIDADES 21 e 22;

-SOCIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES;

-OFICINA DO TP6;

-AVALIAÇÃO DA OFICINA.

Unidade 21: Argumentação e linguagem

Objetivos:

1- identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos;

2- identificar e analisar diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;

3- reconhecer a qualidade da argumentação textual.

ATIVIDADE 1

Escolha um provérbio e construa um texto argumentativo em que a tese seja a moral:

  1. Quem tem boca vai à Roma;
  2. Devagar se vai ao longe;
  3. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando;
  4. Antes tarde do que nunca
  5. Quem tudo quer tudo perde.

6. A “árvore quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.” (Provérbio Árabe)

7.“Ser pedra é fácil, O difícil, é ser vidraça.” (Provérbio Chinês)

8. “Ninguém experimenta a profundidade de um rio com os dois pés.” (Provérbio Africano)

9. “Ao término do jogo, o rei e o peão voltam para a mesma caixa.” (Provérbio Italiano)

10. “Quando as armas estão prontas .O bom senso vai-se embora.” (Provérbio Árabe)

11. “Quem estuda e não pratica o que aprendeu, é como o homem que lavra e não semeia” (Provérbio Árabe)

12. “Tudo o que acontece uma vez, pode nunca mais acontecer...Mas tudo o que acontece duas vezes, acontecerá certamente uma terceira.”(Provérbio Árabe)

13. “A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, Porque as grandes a gente logo enxerga.” (Provérbio Japonês)

14. “Pouco se aprende com a vitória,Mas muito com a derrota.” (Provérbio Japonês)

Linguagem como forma de trabalho cultural

Toda manifestação linguística é também basicamente argumentativa, pois sempre que a utilizamos estamos querendo, mesmo que implicitamente, convencer alguém de nossas ideias.

Quando temos consciência de que nosso objetivo maior ao produzir um texto é fazer o leitor/ouvinte crer em alguma de nossas ideias, classificamos esse texto como argumentativo.

Chamamos de estratégias ou recursos argumentativos à variedade de formas de convencimento utilizadas.

No texto argumentativo, mais especificamente, chamamos essas estratégias de argumentos. Todos os argumentos de um texto devem conduzir a um único objetivo, ou a objetivos integrados e compatíveis entre si.

A tese constitui a idéia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor/ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte.

Os argumentos são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese.

A tese e seus argumentos

Argumentos baseados em provas concretas recorrem a cifras, estatísticas, fatos históricos; dão à argumentação uma sensação maior de confiabilidade, de veracidade. Por isso, são muito empregados em textos acadêmicos e científicos ou em qualquer situação em que se pretende fazer o interlocutor acreditar com mais facilidade.

Chama-se de argumentação por exemplo a essa estratégia de dar um exemplo, ou contar um caso específico, para, em seguida, generalizar e extrair uma conclusão geral.

O argumento de autoridade recorre a fontes de informação renomadas, como autores, livros, revistas especializadas, para demonstrar a veracidade da tese. Este é um dos tipos de argumentos mais encontrados em livros didáticos ou em textos científicos.

Argumentos por raciocínio lógico – como diz o nome – são argumentos que resultam de relações lógicas. Os mais comuns são os de causa e consequência e os de condição.

QUALIDADE DA ARGUMENTAÇÃO

Uma boa argumentação depende, primeiramente, da clareza do objetivo (da tese a comprovar); e depois, da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.

Como argumentar é firmar uma posição diante de um problema, um compromisso com a informação e o conhecimento, não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes.

Uma argumentação é considerada inadequada ou defeituosa quando não dá condições para que os objetivos sejam atingidos.

Há várias razões para isso acontecer: podem ser razões ligadas à incompreensão, ou não-aceitação, do interlocutor; podem ser razões ligadas ao desenvolvimento do texto, ou mesmo razões relacionadas à não-correspondência entre os argumentos e o “mundo real”.

Em suma, encontramos, na escolha dos argumentos, vários níveis de adequação

e vários níveis de inadequação quanto à demonstração da tese pretendida: os sentidos globais do texto e o objetivo da argumentação é que definem sua qualidade.

Unidade 22: Produção textual: planejamento e escrita

Objetivos:

1- apresentar elementos de reflexão e estratégias relacionados ao planejamento de textos.

2- identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento e a escrita de textos.

3- desenvolver atividades de planejamento e escrita, considerando a construção e revisão textual

Indo à sala de aula pg. 96 e 97

Com seus alunos, você pode (e deve) criar alternativas de trabalho com o texto, por exemplo, deixando o final do texto para que eles escrevam o início ou mesmo deixando o início para que eles desenvolvam o argumento. Escrever o início do texto e depois deixar assinalados apenas alguns conectivos mais importantes, ao longo do texto a ser escrito, deixando espaços em branco entre os conectivos para que sejam preenchidos coerentemente.

Para que não pensem que têm que escrever tantas linhas até chegar ao conectivo ou à expressão seguinte, você pode listá-los no quadro e dizer que são de uso obrigatório, ou mesmo esclarecer que o importante é utilizar os conectivos para ligar os trechos do texto que vão produzir e não escrever tantas linhas. Porém, não se deve exagerar no número de conectivos e expressões, senão você pode desmotivar seus alunos. Você pode começar com um até chegar a um número entre três e cinco.

Na produção do texto coletivo, seja em grupo ou no coletivo da sala, você pode sempre ter suas caixinhas contendo fichas com expressões e conectivos para serem utilizadas de acordo com o seu planejamento, como foi indicado. Alguém inicia o texto e a próxima pessoa se levanta e vem à frente onde está colocada a caixinha para pegar um elemento de conexão que deve dar seqüência ao texto. Você anota no quadro ou em um caderno o texto que está sendo ditado pelos alunos e quando o primeiro esboço estiver pronto, leve os alunos a trabalhar a coerência e a coesão, seja coletivamente, seja em grupos menores. E assim por diante, não se esquecendo de rever os textos produzidos no final da atividade.

Uma outra ideia que pode ser uma alternativa é planejar que, após as atividades de pré-escrita, o início ou o final do texto seja produzido coletivamente e depois o texto seja completado em grupo, utilizando conexões preparadas por você. Mas, atenção: as alternativas devem ser consideradas de acordo com o andamento da produção em sala de aula, as características da turma, etc.

As sugestões estão dadas, mas, para que sejam produtivas, considere a sequência de trabalho já estabelecida. Vá aos poucos, balanceando as atividades para que possa motivá-los como autores. É esse o nosso objetivo, não é mesmo? Você pode criar outras alternativas a partir dessas ideias.

Quando preparar as caixinhas, estabeleça a relação entre os objetivos da aula, as habilidades a serem trabalhadas e o tempo de produção, assim você pode escolher quais os conectivos e as expressões que serão utilizados para cada situação. Prepare as atividades e os materiais sempre balanceando com a situação e o conhecimento adquirido por seus alunos.

Estratégias de planejamento:

Algumas formas de o professor planejar suas aulas de produção de textos:

a) Planejar uma atividade a partir de um modelo inicial que é operacionalizado com o aluno ou grupo de alunos. O professor dá o exemplo, conduz a ação, passo a passo, e depois pede que os alunos trabalhem em seus textos. Porém, não haverá julgamentos, por parte do professor, quanto à produção do aluno estar ou não parecida com o modelo que ofereceu. O professor privilegia a construção dos significados de acordo com os objetivos estabelecidos por cada aluno.

b) Organizar atividades de leitura, planejamento, escrita e revisão que conduzam à comparação e diferenciação entre textos sobre um mesmo tema e/ou procedimentos.

c) Conduzir o aprendizado por meio de instruções sobre os passos a serem dados nas etapas da produção. O professor, então, planeja uma série de atividades similares e vai retirando aos poucos as instruções, ora instruindo o aluno ora deixando-o tomar as decisões.

d) Utilizar conhecimentos seus sobre as estratégias a serem utilizadas durante a produção de textos e dá dicas para os alunos durante o processo de acordo com a etapa em que estiverem.

e) Apresentar o tema e desenvolver atividades que, numa sequência de aulas, levem à sua compreensão e possibilitem a produção de textos a partir de conhecimentos prévios, adquiridos recentemente e criados ou imaginados.

f) Organizar momentos de trocas de conhecimento em grupos menores e entre grupos e a sala.

g) Organizar atividades que suscitem a curiosidade dos alunos, por exemplo, como a leitura de textos por todos os colegas ou grupos para o resto da sala, a discussão sobre os significados e sugestões, criando a necessidade de elaboração de perguntas que ajudem na produção do significado no planejamento, na escrita e revisão dos textos.

h) Elaborar um planejamento alternado de dinâmicas de sala de aula, incluindo atividades lúdicas como leituras, jograis, peças teatrais ou esquetes sobre os trechos lidos e produzidos, montagens de textos, etc.

i) Organizar atividades e projetos conjuntos com professores de outras áreas do conhecimento.

A escrita

A escrita, mesmo aquela do escritor mais experiente, continua a ser um diálogo do escritor com seu texto, considerando a situação comunicativa. Durante a escrita e entre a finalização do primeiro e a sua releitura e reescrita, as perguntas que fazemos são algumas das sugeridas por Calkins (2002, p.33):

• “O que eu disse até agora? O que estou tentando dizer?

• Será que eu gosto do que escrevi? O que é tão bom aqui, que eu possa entender?

•O que não é bom que eu possa arrumar?

• Como meu texto soa? Como parece?

• O que meu leitor ou leitora pensará, quando ler isto? Que indagações poderão

fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão?

• E o que farei a seguir?”

Essas são perguntas que podem ocorrer na produção de um texto. Algumas até na

produção de um bilhete, pois dizem respeito ao ato comunicativo, à formulação de significados que farão sentido para mim, como escritor, e para o outro, como leitor: essas perguntas podem ser ensinadas a nossos alunos. Outra forma de desenvolvermos a consciência textual ocorre quando discutimos e incentivamos as perguntas dos alunos sobre os textos de seus colegas.

Uma opção além das discussões coletivas, em grupo ou em dupla, é aproveitar para ensinar como agir quando o aluno sinalizar que tem dificuldades em iniciar, desenvolver ou finalizar o texto.

Esta oficina foi realizada no dia 04 de Setembro esteve presente 13 professores cursistas. Discutimos com o grupo as unidades 21 (Argumentação e linguagem) e 22 ( Produção textual: planejamento e escrita). O objetivo desta oficina era identificar estratégias relacionadas ao planejamento e à revisão durante a escrita de textos. Na oportunidade, os presentes, puderam expor como acontece o trabalho de produção textual em suas salas de aula, ouvir as opiniões e sugestões colocadas por nós e também pelos colegas. Em seguida, fizemos o momento de socialização das lições de casa e desenvolvemos a atividade proposta pela oficina, descrita a seguir: -------------------------------------------------------------------------------------------------
1ª Desenvolver o fechamento do texto- crônica de Moacyr Scliar " Espírito Carnavalesco" e anotar todos os elementos de planejamento e revisão que ocorreram durante a escrita do restante do texto; ------------------------------------------------------------------------------------------------- 2ª Elaborar um planejamento sobre a utilização desse texto em sua sala de aula; ------------------------------------------------------------------------------------------------- 3ª Apresentar o planejamento e a justificativa aos colegas da oficina.
------------------------------------------------------------------------------------------------- Solicitei aos professores cursitas que desenvolvessem esta atividade e aplicasse em sala de aula, para no próximo encontro socializar com todo o grupo. A participação do grupo durante o encontro foi satisfatória e produtiva, como pode ser observada através das imagens abaixo:
------------------------------------------------------------------------------------------------- Professoras Jaqueline, Helen e Catarina da escola Dr. Guilherme, desenvolvendo a atividade sugerida pela oficina. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Professoras Sandra Cristina, Rosa da escola Sete de Setembro e professora Dayana da escola Marechal Rondon, analisando a crônica apresentada pelo TP6. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Professor Edvino Da escola Sete de Setembro ajudando as colegas na análise do texto. -------------------------------------------------------------------------------------------------- Professoras Rocir da escola 9 de Maio de professora Silvana da escola 21 de Abril, elaborando o planejamento de aula a partir da crônica de Moacyr Scliar. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Professoras Lediane e Celiane da escola 21 de Abril , também desenvolvendo o planejamento a partir da crônica apresentada pelo TP 6. -------------------------------------------------------------------------------------------------- Professor Iranildo da escola Padre José de Anchieta e professora Marina da escola Padre Ezequiel Ramin desenvolvendo o estudo da crônica e planejamento sobre a utilização do texto em sala de aula.