19 outubro 2009

OFICINA DO DIA 03 e 04/10/2009

TP1 e AAA1- Unidade 01 e O2
OBJETIVO: 1 - relacionar língua e cultura; 2 - identificar os principais dialetos do Português; 3 - identificar os principais registros do Português; 4- caracterizar a norma culta; 5- caracterizar a linguagem literária; 6- caracterizar a língua oral e a língua escrita. Unidade 1: Variantes linguísticas: dialetos e registros
Atividades do dia:
- Leitura do texto: Babel é aqui: todas as línguas do português. -Apresentar o slide “Chico, o orador da turma”. -Ler a carta do Alfredão e discutir o problema de comunicação que houve porque os interlocutores não partilhavam o mesmo código. -Socialização das atividades. -Oficina do dia: pg. 169 -170-171 -Avaliação do encontro.
Socialização do TP
1- A língua é um sistema aberto, o que possibilita uma grande variedade de usos. Assim, ao lado de regras sistemáticas que todos os seus falantes devem seguir, aparecem as variantes da língua, que podem referir-se ao uso de um grupo, ou ao uso de cada locutor, no momento específico da interação. 2- Cada variante que marca o uso que determinado grupo faz da língua constitui um dialeto. 3- Os dialetos principais são definidos do ponto de vista geográfico, etário, sociocultural, de gênero e de profissão. 4- Os dialetos, como as línguas, preenchem as necessidades do grupo social que os usa, não havendo, portanto, um melhor do que outro. 5- Os dialetos não são compartimentos isolados: ao contrário, recebem influências uns dos outros.(idioleto) 6- O registro é a variante do uso (individual e momentâneo) escolhida pelo sujeito em cada ato específico de comunicação, segundo o contexto. 7- Os registros são basicamente dois: o formal e o informal, segundo o distanciamento requerido pela situação. Entre os dois extremos, há muitas gradações. 8- Os registros podem apresentar-se tanto na forma oral como na forma escrita da língua. 9- Os registros põem por terra a distinção do certo/errado, passando a discussão para o campo do adequado/inadequado. 10- Essas considerações nos levam a rever nossa atuação como professores de Língua Portuguesa. Em sala de aula, é fundamental criar oportunidades para que os alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que dialetos e registros diferentes se apresentem para a sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos igualmente diversificados. Esse é, afinal, o objetivo maior do ensino da língua: desenvolver no sujeito a competência para a leitura e produção de textos.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: as diversas formas de dizer a mesma coisa
QUANDO SE TEM DOUTORADO:
• O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum Linneu, 1758, isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzida dimensões e arestas retilíneas, configurando pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto, que ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis mellifera,Linneu, 1758. No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em consequência da pequena capacidade de deformação que lhe é peculiar.
QUANDO SE TEM MESTRADO:
• A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas. proporções quando submetida a uma tensão axial em consequência da aplicação de compressões equivalentes e opostas.
QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO:
• O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão.
QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO:
• Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado.
QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL:
• Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.
QUANDO NÃO SE TEM ESTUDO:
• Rapadura é doce, mas não é mole, não!!
Socialização do TP
1 – A norma culta não é melhor do que os outros dialetos: estes, tanto quanto a norma culta, cumprem perfeitamente sua função no ambiente em que são usados e com as pessoas desse ambiente. 2 – Aprender a norma culta é ter mais uma opção de uso da língua, importante em muitos momentos e ambientes. Quanto mais opções o sujeito tiver de uso da língua, mais ele vai poder atuar na sua comunidade e se desenvolver como cidadão. 3 – Ninguém deve ser discriminado por apresentar um comportamento linguístico diferente do outro. 4- As duas modalidades da língua – a oral e a escrita – são igualmente importantes e apresentam ambas as possibilidades de uso, tanto do registro formal quanto do informal. 5- As duas modalidades devem ser trabalhadas na escola tanto do ponto de vista da locução quanto da interlocução. Assim, ouvir e falar, ler e escrever, devem ser atividades constantes na sala de aula. 6- Como sempre, vale a pena salientar que as situações de interlocução são extremamente complexas e não temos muitos casos “puros” de dialetos, da mesma forma que os registros apresentam uma gama infinita de formalidade/informalidade e as modalidades oral e escrita não são campos fechados, sem interferência uma sobre a outra. 7- Nas atividades de linguagem, é fundamental oferecer aos alunos exemplos diversos de bons textos, orais e escritos, produzidos com objetivos e em situações diferentes, literários e não literários, em registros e modalidades distintos, de modo a não estabelecer relações indevidas entre escrita, norma culta e registro formal e literatura, ou fala e informalidade. Para isso, os próprios textos produzidos pelos alunos podem ser ótimo material de discussão.
RELATÓRIO DA OFICINA ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nos dias 03 e 04 de outubro realizamos a 1ª oficina do TP1. Neste encontro estudamos as unidades 01 e 02 que abordavam sobre variantes linguísticas: dialetos e registros e variantes linguísticas: desfazendo equívocos. O resumo acima foi ponto de discussão deste encontro. No dia 03 trabalhamos com um grupo de 11 professores cursistas e no dia 04 com um grupo de 06 professores. No primeiro momento fizemos o estudo das duas unidades, discutindo os pontos mais importantes sobre o tema. Após cada cursista relatou sobre a lição de casa do TP 6. Neste momento pudemos avaliar o desenvolvimento do programa em sala de aula e comentar a prática de cada professor, ora tecendo elogios ora sugerindo melhoras. A 3ª parte da oficina foi para o desenvolvimento da atividade das páginas 169 a 171 que consistia na análise da crônica de Drummond: A outra senhora. Dividimos a turma “A” e “B” em grupo de três cursistas onde cada grupo analisou as questões em torno do texto. Discutimos também a possibilidade de trabalhar esta crônica com os alunos do 3º ciclo. Os professores acreditam ser possível trabalhar com esta crônica em qualquer turma. A diferença seria de abordagem. No final fizemos a avaliação do encontro, onde todos puderam expor sua opinião sobre o encontro do dia.